musicas

domingo, 16 de outubro de 2016

!o!

Vejam mais textos em meu novo blog:

www.chocolatecomleitura2016.blogspot.com 

Logo, logo haverão novos textos lá para agradar vocês!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Paraná

Paraná, nele Pinheiro dá.
Com diversidade e comunidade, ele mostra a sua identidade.
A mata é bela, mas os seus pássaros  ainda ganham dela.
Paraná é natureza com um toque de leveza.
Na cuia do Chimarrão ou na panela do feijão, a família mostra a sua união!

O dia

O dia em que as pessoas se respeitarem;
O dia em que a paz reinar;
O dia em que não houver mais injustiças;
O dia em que os animais não forem maltratados;
O dia em que a fome acabar;
O dia em que todo o lixo for reciclado;
O dia em que a política não for mais corrupta;
O dia em que o mundo estiver realmente transformado...
Me chamem!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Já acabou?

Já acabou?
Que pena...
Já acabou?
Finalmente sim!
Já acabou?
Tão rápido?!!
Já acabou?
Só mais um pouquinho.
Já acabou?
Tá quase...
Já acabou?
Já!!!

domingo, 19 de junho de 2016

Slogans, a visão dos cães

Que seja pão : 


Domingão do Caozão :



Caotástico :



Mais basset :
Resultado de imagem para imagens do mais voce

Malhacão :


Êta mundo cão :


Sbt latiu :


Latoaqui e Latolá :


Canil alerta :











Política

A política é algo estranho.
Totalmente surpreendente.
O inesperado é rotina.
As investigações revelam o oculto.
Algo que ninguém consegue se está sendo subornado.
Algumas pessoas são honestas e sinceras mas a maioria...
Tudo por poder e riqueza é feito.
Mas lembre, o que seria do país sem a política?

domingo, 12 de junho de 2016

Inverno

Flocos caem no inverno,
O açúcar não derrete,
O sorvete desaparece.
Tudo fica branco,
Como cobertor de lã e
Fios dourados são raros nessa época.
Vento frio na madrugada,
Água gelada...
E temperatura necessária, antes da chegada da primavera!

Pequenos Textos

O gato 


Anda ajeitado,
Pula no fio,
Dá um miado.
Corre do rato,
Abre a boca e
Fala em Anônimato.

O cão
Causa sempre confusão, 
Brinca de montão,
Corre igual brincalhão.
Tem grande coração,
Rola no chão e 
É experiente em adaptação!

A moça
Serena sereia,
Princesa de areia, 
Brinca com baleia.
Recita poesia,
Fala com alegria e
Repete todo dia. 

A agenda
Tudo anota,
Nas folhas da Carlota,
Enquanto calça a bota.
Sempre rebrota,
Na hora e na data,
Compõe até uma serenata!





quinta-feira, 26 de maio de 2016

AMIZADE

Muito escrevo mas pouco descrevo;
Muito a cantar e quase nada a falar;
Muito queria dizer mas não consigo entender;
Ao mesmo tempo é um passatempo;
Não pode haver asneira, pois ela é verdadeira;
É sempre gostosa e formosa;
Brincadeira que geralmente dura a vida inteira!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Mãe

Ama e cuida,
Protege e acaricia,
Beija e abraça,
Nos ensina e parabeniza,.
Dá o seu melhor e faz de tudo.
Agradeça a ela hoje mesmo,
Pois independente do que aconteça, 
Vai sempre te amar!
Feliz Dia Das Mães!





Homenageio a minha mãe, que sempre me ama e faz de tudo por mim, OBRIGADA! * *

É ISSO TUDO E MUITO MAIS...

Provoca alegria, 
As vezes agônia,
Mas mesmo assim há uma grande harmonia,
Como panelas e fogão,
Queijo ralado e macarão,
Gravidade e o chão.
Começa pequenininha,
Com o tempo vai nascendo e crescendo,
Vai feliz vivendo e proporcionando a sacarose da vida.
Nos dá adrenalina na quntia de que com cada um combina,
Formada por dois ou mais, que quando a situação aperta,
Faz todos se unirem contra o perigo.
O que é isso?



sábado, 9 de abril de 2016

Sentimentos

São como palavras mudas.
Elas voam e voam, mas sempre retornam com intensidade.
São coloridas e simples, alegres ou tristes.
Mas uma curiosidade que se pode ver, é que são difíceis de descrever.
Podem pintar telas e escrever frases, realizar ações e falar palavras.
Palavras que não podem ser ouvidas, mas sentidas por ouvintes de coração.
Os sentimentos correm pelo vento, transmitindo paz ou encantamento; são as palavras mudas que falam o que sentimos lá dentro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O Tubarão que veio pelo Ralo

'' Numa cidade grande do Brasil, chamada São Paulo, vivia uma família formada por uma garota de 15 anos, muito mal humorada; um pai que gosta de aventuras com a família e, uma mãe que sempre tenta ser compreensiva, mesmo as vezes isso parecendo impossível.
 Os pais da garota pegaram férias no mesmo mês, para poderem aproveitar, e fazerem algo de especial.
 Gabriela, a mal humorada, tinha em mente a visita em alguma biblioteca ou assistir a um show da Katy Perry, que viria para São Paulo dia 20 para estrear o seu novo álbum. Mas a opinião dos pais era bem diferente, pois eles preferiam passar uma temporada no Hotel Floresta na cidade Presidente Prudente, próximo dali.
 Mas tem dois quartos com TV e eu garanto que vamos nos divertir muito, diziam os pais da Gabi tentando convence-la a viajarem para lá. Até que ela cedeu, mas com um mal humor terrivelmente agudo.
 Eles partiram para o Hotel Floresta Sexta-Feira de madrugada.
 Como sempre, a menina foi ouvindo suas músicas com uma cara... Que dava até medo!
 Quando eles começaram a se animar, ou melhor o Valmir e a Angélica, ou, os pais da Gabriela Vasconcelos, entraram em um trecho de estrada de chão. O carro trepidava na estrada. Mas, por incrível que pareça Gabi não reclamou daquilo, mas aumentou o volume em seus fones de ouvido, para relaxar.


 Chegando mais perto,  viram que o Hotel Floresta estava sem ninguém ocupando, pois o estacionamento estava vazio. Estacionaram e foram pagar a sua estadia. Eles acharam muito barato, com a crise que estavam enfrentando e tudo mais. Colocaram as malas no quarto e um funcionário do Serviço de Hotel explicou como funcionava:
 - É o seguinte, eu posso ajudar vocês com comidas diferentes, dúvidas na instalação e também para arrumar as camas, ir ao mercado, ou fazer qualquer serviço de casa. A taxa que deverá ser acrescentada é de 10 reais a cada dois dias de uso, mas também temos a caixinha onde podem dar gorjetas. A minha está aqui, em cima da mesa da sala. Nós temos o quarto de solteiro com televisão; o de casal com TV que é uma suíte; uma cozinha, que tem armários com comidas mais simples, panelas, talheres, pratos e todo o necessário para aproveitar uma refeição. Também temos dois banheiros, uma sala de estar e uma salinha da bagunça para colocarem bugigangas.
 - Tem Wi-fi? - disse uma voz esperançosa e mal-humorada.
 - Infelizmente, não.
 - Mas obrigada mesmo assim - disse a Angélica se intrometendo, antes que virasse briga.
 - Por nada, qualquer coisa é só tocar a campainha, meu nome é Jefersson, beleza? - disse o homem saindo e fechando a porta.
 Após a saída do Jefersson, o qual chamaremos de mordomo para facilitar, Gabriela Vasconcelos saiu em disparada para o quarto de solteiro com TV, recolocou os seus fones de ouvido, e pôs a sua música favorita para tocar.
 Os pais começaram a conversar como ia ser legal a temporada e enquanto isso foram tirando as coisas da mala e arrumando no Hotel.
 Ao meio dia, tocaram a campainha e o mordomo veio rapidamente e prontamente para atende-los. Pediram que ele instalasse um GPS de última geração que haviam comprado semana passada. Ele montou o equipamento e a família Vasconcelos se dirigiu até o Macarrão Prudente, lugar onde o cliente montava o seu tipo de massa preferido.
 Chegando lá, Angélica fez um macarrão pene ao molho funghi, Valmir fez uma lasanha com recheio de frango desfiado e a Gabi fez o seu prato com um macarrão instantâneo ao molho branco. Sentaram-se em uma das mesas do restaurante e começaram a comer. O humor de Gabi melhorou bastante quando começaram a refeição, pois até tirou seus fones e entrou na conversa em que os pais estavam. Mas não era a toa, pois ali tinha Wi-fi. Após o término da refeição, ela aproveitou para contar as amigas como estava sendo chato aquele primeiro dia no Hotel e tudo que ela queria fazer nessas suas férias. As amigas não ajudavam muito, pois falavam que estavam em spas e visitando vários lugares do mundo.
 Eles saíram dali e foram passear um pouco pela cidade antes de voltarem para o Hotel. Mas a cada momento em que Angélica e Valmir olhavam para o retrovisor interno, a menina mal-humorada fazia mais cara feia ainda! Eles pensaram em levá-la em uma sorveteria que tivesse Internet, pois assim ela melhorava o rosto por algum tempo. Chegando na Sorveteria Presidente, pediram três Petit Gateau's, um para cada um deles. Demorou um pouco, mas enquanto isso a menina melhorava de humor e aproveitava para usar o celular. Comeram a sobremesa e voltaram para o Hotel as 15:30.
 Os pais passaram a tarde assistindo televisão e a garota ouvindo suas músicas e tentando achar algum sinal de internet.
 Antes de fazerem a janta os pais falaram para Gabriela ficar pronta para dormir.
 A menina foi para o banheiro, ligou o chuveiro, mas nem quis tirar os fones, mas quando estava para enxaguar as pernas... O ralo entupiu!


 - Mas... O que é isso? Parece ser a barbatana de um peixe... De um tubarão? Pelo ralo?
 A garota tirou seus fones, olhou mais de perto e viu que parecia mesmo uma barbatana. Ou estavam de brincadeira com ela ou tudo era apenas um sonho.
 Gabriela achou estar sonhando, por isso acreditou mesmo que era um tubarão e, como nos sonhos, após acordar estamos intactos... Continuou para ver até onde aquela história ia.
 A menina saiu do chuveiro, colocou um pijama limpo, pegou um pote grande, pois algumas coisas que pareciam algas no ''aquário'' e foi buscar o peixe.
 Voltando ao banheiro, o ''tubarão'' pulou para dentro do pote cheio de água. Gabi percebeu que ele parecia ser filhote, pois era bem pequeno. A cor da pele dele era um azul reluzente, parecia até ser meio neon!
 Gabriela estava doida para tirar uma foto dele e postar o que tinha achado, mas quando voltou ao quarto, a bateria do seu celular tinha acabado, e ela havia esquecido o carregador dentro da bolsa da mãe.
 Nesse momento, Angélica entrou no quarto enquanto Gabi, rapidamente escondeu o pote dentro de uma gaveta.
 A mãe da menina perguntou o que ela queria jantar e Gabriela falou que, qualquer coisa exceto frutos do mar, estava ótimo. A mãe estranhou, pois a garota sempre era seletiva em relação a comida, mas resolveu aproveitar e fazer algo que o Valmir gostasse.
 Angélica acabou fazendo batatas recheadas que ela fazia quando era noiva do pai de Gabriela, pois sabia que a família apreciaria.
 Todos estavam curiosos, pois Angélica estava fazendo suspense com a janta e tinha um cheiro tão bom vindo da cozinha...
 Eram 21:43 quando as batatas assaram e a mãe chamou o pessoal para comer.
 Gabriela, não sabia o que fazer e o que dar para aquele tubarão. Não podia deixa-lo na gaveta, pois se não arriscava dar alguma coisa no bicho, mas resolveu por embaixo da cama e colocar ao lado do pote um abajur de peixes, que ela tinha, e por sinal, era muito antigo e realista.

(foto da internet)

 Quando o pai e a garota chegaram na cozinha, ficaram com o queixo caído.
 Gabi nunca tinha comido, mas já tinha visto pratos na internet bem parecidos e estava com uma aparência muito boa!
 Começaram a comer e, como o previsto por Angélica, todos amaram.
 Quando a menina terminou, ouviu uns barulhos estranhos vindos do quarto, eram barulhos como se alguém estivesse batendo num plástico.
 Gabriela havia esquecido de alimentar o tubarão!
 Abriu a geladeira, fingiu pegar um pedaço de chocolate, pegou um pote com carne e correu para o quarto.
 O tubarão aparentou ter crescido um pouco, mas como não havia medido, apenas olhou, não teve certeza. Abriu o pote de carne e deu um pouco para o animal que rejeitou delicadamente. A menina não entendeu o porque dele não querer comer a carne, pois peixes dessa espécie são carnívoros assumidos. Mas observou que as algas haviam sumido... Será que ele era vegetariano? Resolveu devolver o pote a geladeira e pegar alface. Ele comeu em abundância e sossegou, mas olhou com os olhos pequenos para o abajur. Então, a viciada em músicas, tirou o fone de ouvido, que tinha uma luz mais suave do que a do abajur, e pois no lugar daquela luz forte.
 Deu boa noite aos outros e deitou na cama.
 O quarto dos seus pais era grudado no dela, tanto que havia uma porta no quarto da menina, que quando aberta, dava caminho direto para o quarto dos pais e assim vice-versa, pois isso, deveria tomar muito cuidado se fosse ver como estava o peixe.
 A garota levantou sete vezes para dar uma olhada no ''seu'' tubarão, mas na sétima vez, observou que ele aparentava ter crescido mais!
 A menina acordou mais cedo do que o de costume para pegar mais saladas para o animal.
 Foi até a geladeira, pé por pé, para trazer rúcula. Entrou no quarto e deu umas folhinhas para ele que comeu e ficou muito feliz, pois parecia até ter sorrido!
 A garota resolveu dar mais dois macinhos de rúcula, pois se não arriscava do peixinho morrer de fome.
 Mas algo dentro dela falou que deveria ajudar seus pais e levar a eles um café-da-manhã na cama caprichado.
 Ela fez panqueca de legumes, como entrada e panquecas de chocolate de sobremesa. Achou uma bandeja bem ajeitada, foi para o quarto de solteiro com TV e bateu na porta que dava para o quarto dos pais.
 Após a permissão deles, ela entrou com cara de garçonete:
 - Olá, jovem casal! Hoje nosso prato do dia são panquecas de legumes e chocolate, gostariam de uma?
 - Sim, belíssima garçonete - disseram os pais entrando na brincadeira.
 - Ótimo, desejam um café, água com gás, leite ou vitamina?
 - Uma água com gás para cada um por favor!
 - Perfeito, logo retorno com as águas - disse Gabi retornado a cozinha.
 Ela abriu a porta da geladeira pegou a garrafa de água com gás, colocou um pouco em cada uma das duas taças e levou até o quarto dos ''clientes''.
 Chegando lá, entregou as taças, pegou os pratos sujos, esperou terminarem a água e levou toda a louça para lavar. Ligou a lavadora de louças super potente, voltou para o quarto colocar uma roupa, mas sentiu que hoje deveria vestir algo um pouco mais comportado, sem tanto preto e correntes.
 Ela pois um vestido que era bem diferente do que estava acostumada e soltou o cabelo, mas com aquele look se sentiu mais disposta a fazer coisas novas e não apenas ficar no seu fone e com as suas músicas.

Foto da internet
 Quando ela estava observando no espelho como tinha ficado o vestido e o cabelo solto, a mãe dela entrou e assobiou para a filha, que ficou muito envergonhada, mas mesmo assim perguntou se tinha ficado bonita. A mãe respondeu que nunca havia visto uma menina tão charmosa como a que estava vendo ali. A garota agradeceu e ficou mais confiante ainda. Mas na verdade, o que a mãe tinha vindo fazer ali era perguntar se ela não gostaria de tomar café, pois se quisesse, tinha sobrado massa de panquecas para fazer. Ela aceitou e falou que queria uma de chocolate, sabor que era muito raro ela pedir.
 A mãe da Gabi estava achando a filha muito bem humorada naquele dia e na noite anterior. Falou para Valmir observar como estava tendo comportamentos diferentes, mas para melhor. Ele disse que prestaria mais atenção.
 A garota foi até a salinha da bagunça para procurar algo que fosse maior para substituir o antigo aquário, pois agora o seu tamanho era de quase quarenta centímetros de comprimento!
 Ohh! Um aquário prontinho, com algas; termômetro; pote de comida; cascalho; régua na borda superior; conchas e filtro. E além de tudo tinha um metro e meio de comprimento, assim o tubarão poderia crescer por mais uma longa temporada.
 Era perfeito, por isso a menina foi ao quarto, pegou o pote com o tubarão e fez o peixe saltar para o novo aquário, que estava com água que ela tinha posto ali.
 Ele logo se adaptou, e Gabriela ficou olhando com uma cara de satisfeita para ele, que nesse momento estava olhando para ela e cresceu mais cinco centímetros, a menina tinha certeza, mas não sabia o porque daquilo.
 Ela parou um pouco para pensar no que fazer para que os pais não o descobrissem ali.
 Mas enquanto estava nesse pensamento outro entrou em sua mente em negrito:
'' Mas se isso é sólido mesmo, não pode ser um sonho!
  Além do que, está durando tempo demais e é muito real! ''
 Daí sim Gabriela começou a se preocupar!
 O que ela faria com ele? Logo mais os pais iam perceber a falta de saladas e um aquário enorme ali.
 Resolveu pedir ao Serviço de Hotel para trazer vários tipos de saladas, mas que ele entregasse na janela do quarto da menina. Especificou, que se tivesse rúcula, alface e espinafre, seria imprescindível trazer. Pegou a sua carteira, tirou uma nota de cem dela e disse que assim que ele voltasse, pagava.
 É melhor prevenir, pensou ela.
 Meia hora depois, Jefersson chegou silenciosamente a janela da Gabi, lhe entregou as saladas e recebeu o valor dela. A menina separou a alface, a rúcula, a alface americana e o espinafre. E as saladas: brócolis, repolho, cenoura e rabanete, foram levadas pela Gabi Vasconcelos para a geladeira na cozinha. Chegando lá a menina olhou no relógio, e eram dez e vinte e quatro. Angélica aproveitou para servir o café a ela.
 Após o término da refeição, agradeceu a mãe (algo raro) e voltou para o quarto da bagunça para monitorar o tubarão.
 Chegando lá, lembrou de uma loja em que havia passado por frente durante o trajeto até a sorveteria  que vendia câmeras de todos os modelos, tamanhos e cores. Foi a sala, onde estavam Valmir e Angélica e perguntou se podia sair de bicicleta para explorar a cidade. Os pais responderam que sim, mas que voltasse antes das 11:30.
 Pegou sua bicicleta e saiu, sem seus fones e celular para procurar a loja.
 Tentou lembrar qual era o caminho para a sorveteria, mas estava meio perdida. Até que achou uma pessoa que estava distribuindo mapas turísticos da cidade. Era isso que ela precisava. Pegou um, localizou-se e logo começou a ver coisas familiares. Dez minutos depois de sair do Hotel Floresta, achou a loja e logo entrou.
 - Bom dia! Gostaria de saber onde encontro micro cameras para espionagem.
 - Na outra quadra tem duas!
 - Aqui não tem?
 - Tem sim, só estava brincando! Que tamanho?
 - A menor possível. Qual é o seu nome?
 - Bernardo Ribas. Esta aqui é bem legal e é a menor por enquanto.
 - Quem criou?
 - Uma tal de Vanessa Aipse...
 - Sabia! Quanto é?
 - Vinte e dois reais!
 - Minha. Está aqui.
 Voltou correndo para casa! Tinha que colocar a câmera na salinha de bagunça, pois assim ninguém desconfiaria que ela estava escondendo algo lá.
 Chegou 11:15 em casa e correu por a espiã em ação. Colocou no teto, bem em cima do aquário. Ela era desse tamanho:

Foto da Internet.
A Gabi Vasconcelos resolveu cobrir o aquário com um lençol, assim ninguém desconfiaria, pois tinham muitas coisas cobertas por ali.
As 11:45, Angélica chamou o pessoal para comer.
Estava tudo uma delícia, a mãe caprichou tanto, que fez até uma sobremesa chamada pavê de amendoim com biscoito.
 As três da tarde, finalmente conseguiu baixar um programa para ficar conectada com a câmera espiã.
 Checou as filmagens. Estava tudo certo, ninguém tinha entrado no quarto.
 Resolveu colocar as mãos na massa. Precisava desenvolver um aparelho que avisasse quando algum perigo aparecesse. Pegou umas geringonças da salinha monitorada, umas chaves de fenda, martelos e outras coisas do gênero.  Martelou, chaveou, desrosqueou, apertou... E enfim, ficou pronto.
 A menina resolveu chamar a engenhoca de Alarmubarão, em homenagem ao peixe.
 Ela foi até o aquário no quarto da bagunça para ver o tubarão e instalar o alarme.
 Instalou. Descobriu o vidro com água e viu que o bichinho estava com uma cara de faminto. É melhor eu alimenta-lo logo, antes que sobre para as algas decorativas, pensou ela.
 Foi até a geladeira do quarto dela, onde ela tinha guardado o alimento, pegou uma porção grande de cada uma das saladas e voltou para dar ao peixe.
 Enquanto dava a ele a comida, pensou em dar um nome para ele, pois estava cansada de os pensamentos virem como peixe ou tubarão, ele era muito mais especial que isso. Viu novamente ele crescer mais cinco centímetros, mas agora já estava acostumada, e continuou a pensar em um nome. Cinco minutos depois achou. Vegetuba. Era meio exótico, mas pelo menos ia ser o único a ter esse nome.
 Quando foi chamado por Vegetuba, ele começou a dar saltos, como se ela tivesse adivinhado o seu verdadeiro nome.
 Ela estava curiosíssima para saber a verdadeira história de como o ''Vege'' tinha vindo parar no ralo do Hotel Floresta. Resolveu pedir ao Serviço de Hotel, para procurar pela cidade toda um tradutor de animais, mas que entregasse na janela novamente.
 Jefferson voltou, entregou rapidamente e pediu para que deixasse o pagamento na caixa da gorjeta, pois no momento, estava com pressa.
 A menina abriu espalhafatosamente a embalagem do aparelho e ligou.
 Foi até o quarto onde estava o Vegetuba e falou apertando o botão de tradução tubarão - humano e vice e versa:
 - Meu nome é Gabriela Vasconcelos. Gostaria de saber se você me entende.
 Um segundo depois o aparelho pediu para ser posto na água. A garota fez isso e ele começou a borbulhar. O Vegetuba solto mais uns grunhidos e bolhas e saiu como tradução:
 - Sim. Meu apelido é Vegetuba, mas o nome, Tubariano, quase ninguém usa. Sabe em que mar eu estou?
 E a cada frase o tradutor ia funcionando...
 - Você não está em mar nenhum, isso aqui é um Hotel, um lugar onde as pessoas, os peixes da terra firme, ficam quando não tem o que fazer.
 - Hotel... Você sabia que eu sou vegetariano?
 - Deu para perceber... O que você gosta mais de comer?
 - Algo que me deu, que vinha em maços, parece bastante com uma alga do oceano profundo.
 - Ahnn... Mas como e porque veio para cá?
 - Bom, é que a minha família não me aceita do jeito que eu sou, vegetariano, por isso fui banido do oceano, me perdi, e casualmente vim parar aqui.
 - Que história a sua... Algo que eu ainda estou curiosa para saber é porque você cresce tão rápido?
 - Bom, meus pais falaram que quando recebemos ou vemos alguém dando alguns sentimentos chamados: atenção, carinho, amor, confiança e respeito, nós crescemos mais rápido, e nos tornamos fiéis a aquele peixe. Mas eu nunca entendi o sentido dessas palavras.
 - Obrigada!
 - Obrigado a você, faz dias que não converso com alguém. Mas não tem ninguém mais nesse Hotel?
 - Tem sim, mas estou te mantendo em segredo dos meus pais, pois não sei qual será a reação quando souberem que estou cuidando de um tubarão.
 - Eu gostaria muito de conhecê-los. Eles são legais?
 - Muito, mas as vezes não percebo tudo que eles fazem por mim - disse Gabriela vendo que o tubarão havia crescido mais.
 - Seguinte, estou querendo assistir ao show da Katy Perry dia 20, será que nós vamos passar pela cidade de São Paulo para voltar para o nosso oceano?
 Gabriela quase riu. Primeiro por ele falar ''nosso'' oceano e segundo pois ele sabia que uma cantora humana iria cantar e ainda sabia a data, mas se conteve e perguntou como ele sabia do show.
 Ele respondeu:
 - Bom, é que próximo do oceano onde eu morav havia uma praia que tinha vários anúncios de propaganda sobre ela... Mas você vai me levar para o seu mar, não vai me abandonar aqui, não é?
 - Não vou não, nem que para isso tenha que convencer meus pais disso.
 - Que bom! Estou ansioso para conhece-la melhor, você já teve quantos peixes de estimação?
 - Contando com você... Acho que um só!
 - Mas não parece... Você é muito responsável comigo. Mas encurtando o papo, estou com fome, pode pedir uma pizza de legumes para mim?
 - Claro! Meia hora depois eu volto aqui beleza, você espera?
 - Sim, até.
 E a menina desativou o aparelho e colocou-o para carregar.
 Foi até a cozinha e pediu aos pais pizza de legumes, pois estava com muita vontade. Como Gabi estava com uns "pontos a mais" com os pais eles falaram que ela poderia pedir sozinha pelo telefone e o sabor de desejo dela. Agradeceu e correu para o quarto para ligar:
 - Alô, quem fala?
 - Pizzaria Presidente Prudente, Bernardo Ribas a seu dispor. Qual o tamanho da pizza? Temos a prefeito, com 5 pedaços, a governador com 8 pedaços e a presidente com 12 pedaços.
 - Eu gostaria da governador, quantos sabores podem ser?
 - Até quatro.
 - Quatro sabores então, rúcula com tomate seco, legumes, da casa e sorvete de limão.
 - Refrigerante também?
 - Não.
 - Endereço?
 - Não.
 - Não o que?
 - Brincadeira. Hotel Floresta família Vasconcelos.
 -  Beleza, troco para cinquenta?
 - Sim.
 - Daqui meia hora está aí.
 Eles encerraram a conversa e a menina checou a carga do seu celular para poder tirar uma foto do tubarão para mostrar as amigas. Mas quando esse pensamento veio a cabeça dela o tubarão diminuiu dez centímetros.
 Como ela havia descoberto o mistério do crescimento do Tubariano, e viu que ele encolheu usou o seguinte raciocínio:
   SE ELE CRESCE QUANDO DAMOS AMOR, DEVE ENCOLHER QUANDO FAZEMOS ALGO ERRADO!
 Seguindo isso, ela resolveu não mostrar para elas ainda, pois nem sabia se ele poderia mesmo morar com ela...
 Voltou para a cozinha para repassar aos pais a conversa.
 Conversas depois, chegou a pizza. Eles comeram sem pressa, pois estavam tirando os atrasos de anos de conversas com a Gabriela. A menina, que estava com uma bolsa forrada com papel toalha, pegou um pedaço da pizza de legumes e outro de tomate seco, colocou na bolsa e foi para o quarto da bagunça.
 Chegando lá, o tubarão olhou para a pizza morrendo de fome e, quase esqueceu da educação. Quase.
Pois pediu com borbulhas para que ela desse as fatias a ele, pois estava faminto. Ela obviamente aceitou e entregou para ele nas nadadeiras, que eram ásperas e delicadas ao mesmo tempo.
 A garota passou os dias vendo o tubarão crescer, crescer e crescer, mas agora achou que ele estava ficando grande demais! Ele já estava com um metro e quinze em menos de vinte dias!
 O tempo passou, mas um dia para ser lembrado, foi o dia 18/01...
 Durante o almoço em família, no Hotel Floresta, chegaram no assunto do dia de partida. Agora Gabriela estava se sentindo totalmente em casa ali, pois podia conversar mais com a família, e tinha um amigo para compartilhar as novidades. Mas a conversa foi a seguinte:
 - Então gente, as nossas férias estão acabando, por isso, eu e a Angélica decidimos que amanhã a tarde voltaremos para São Paulo. - Começou Valmir o assunto que logo viraria polêmico.
 - Sério? Já? Passaram tão rápidos esses 17 dias aqui. - Continuou a garota
 - É, observamos que no começo estavam demorando não é, Gabi?
 - Depois me acostumei, esse lugar é realmente especial, ele mudou totalmente o meu estilo e a minha vida também! Mas também estou muito contente por poder assistir o show da Katy.
 - O que será que tem de especial aqui?
 - Ah... Chegou a hora de mostrar a vocês  minha "surpresa''.
 - Amamos surpresas.
 - Não se assustem e por favor, não o julguem antes de conhece-lo...
A cabeça dos pais fervilhava de ideias, pois com tanto suspense, quem não ficaria ansioso?
 A menina falou a palavra chave hotel, para desativar os sistema de monitoramento, para poder entrar com os pais na salinha da bagunça, acendeu as luzes e tirou o lençol:
 O tubarão foi descoberto!
 Mas como o bichano era esperto, não mostrou os dentinhos, para não assustar os pais de Gabriela Vasconcelos. Valmir e Angélica ficaram de queixo caído e perguntaram aonde ela havia conseguido ''aquela coisa''. A menina respondeu:
 - É uma história que o que não tem de longa tem de esquisita, no começo eu achei estar sonhando, mas nem um sonho dura mais que uma noite... - E contou toda a história detalhada aos pais.
 - Menina... Com essa você se superou! Conseguiu manter segredo total dele, até para nós. Mas como você ainda esta viva? - Disse o pai brincando.
 - Lembram que eu contei que é vegetariano? Ele odeia carne, mas chegando direto ao ponto... Quanto custa uma van para animais?
 - Cinquenta no máximo.
 - Posso ligar e agendar uma viagem daqui até São Paulo para o Vegetuba?
 - Como? Você quer ter um tubarão em casa?
 - Sim, só não vou querer se morarmos em um apartamento, aí eu gostaria de ter um tubarão em apartamento. - Disse Gabi brincando mas em um tom de seriedade e os pais responderam a ela:
 - Querida, você sabe que cuidar de um animal não é fácil e tem todo o trabalho...
 - Mas eu consegui, além de cuidar de um tubarão, mante-lo em segredo, por todo esse tempo. Acham que sem ter que esconde-lo não vou conseguir ter responsabilidades?
 Por uns três minutos os pais discutiram o assunto entre eles sem aceitar sugestões ou opiniões da filha. Enfim:
 - Não.
 - Não - disse Gabi em tom de choro
 - Não temos dúvidas que podemos ficar com ele, pois afinal de contas ele te ajudou a superar várias barreiras essas férias e será bom ter alguém para comer as verduras que eu costumo deixar no prato. - Disse o pai rindo - A propósito, eu vou pagar as despesas da viagem para ele.
 - Não senhor, mocinho, quem vai pagar o pacote incluindo comida para ele sou eu, se não não tenho como nome Angéllica.
 - Como não se chama Angéllica e sim Angélica, quem paga sou eu, pois fui eu quem quis que ele fosse morar conosco - Respondeu a filha.
 - Vamos combinar que dividiremos em três as despesas, está claro?
 - Sim Valmir - disseram as meninas rindo.
A viagem foi muito tranquila, mas na verdade a van foi comprada, pois assim eles poderiam levar o Tubariano para passear.
 No dia 20/01 as 20:01 Katy Perry subiu ao palco e arrancou gritos e muitas borbulhas de fãs de todos os países e... categorias, vamos dizer assim.
 Aos dezesseis anos, todos os cinco integrantes da família Vasconcelos: Gabriela, Valmir, Angélica, Tubariano e Vegetara ( esposa do Tubariano ), foram para a Disney dos EUA e se divertiram muito.
 A família só cresceu daí para a frente, nasceram os bebês tubarões, que foram educados pelo pai a serem vegetarianos. Essa foi a história de Gabriela e Tubariano!












ESCRITOR

O que é um escritor?
O que torna alguém um escritor?
São genios?
Os melhores intelectuais?
Os escritores são o que?
Enfim, para ser um artista, um escritor, eles precisam de uma receita, e se você gostaria de acha-la, não vá no livro de receitas, pois ela é tão especial, que só é encontrada na cabeça de algumas pessoas...
                                               A RECEITA  (Siga os passos ao pé da letra)
             INGREDIENTES:

  • Três xícaras de curiosidade;
  • Um litro de interesse
  • Duas pitadas de leitura diária
  • Cinco colheres de sopa de atenção
  • Uma colherada cheia de ensinamentos compreendidos
  • Duas colheradas carregadas de ajudar ao próximo com aquilo que você já descobriu
 Coloque primeiro numa vasilha chamada você, o litro de interesse, com as xícaras de curiosidade e mexa por um mês. Após isso coloque o resto dos ingredientes, exceto o último, na vasilha e apenas misture calmamente. Depois de um ano, poderá colocar o último ingrediente, e aplique a receita sempre que puder.
 Um segredo de chef: Você precisa fazer essa receita uma vez só, pois se aproveitada e não economizada, ela durará para o resto da sua vida e da vida a quem você ensinou.

Se você meu amigo, quer fazer arte de ser uma escritor ou uma escritora, aplique essa receita e peça aos seus pais para eles influenciarem, e quem sabe um dia, não seremos escritores famosos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Cuidado...

            ATENÇÃO, ELE CHEGOU...


 ^_^ O TUBARÃO QUE VEIO PELO RALO ^_^

      TEXTO BASEADO EM DEPOIMENTOS
      DE UMA GAROTA CHAMADA
             GABRIELA VASCONCELOS... 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

O VENDEDOR DE TEMPO

 Num belo dia, mais especificamente, em um sábado, Alex e seus pais foram num parque de diversão.
 Foram dar uma olhada nas barraquinhas de comida. Entre elas havia a barraca do algodão doce, a da maçã do amor, pipoca e paçoca. Mas algo que chamou a atenção da família foi a barraca que tinha como título:
            O VENDEDOR DE TEMPO.
 Os pais de Alex fizeram comentários do tipo '' é apenas para chamar a atenção" ou ''é marketing do forte", mas Alex, achou interessante e resolveu se aproximar.
 - Oi moço, que legal o título da sua barraquinha. Qual é o seu nome? O que o senhor vende aqui?
 - Olá garoto. Eu sou o Tempório, eu vendo tempo.
 - Como assim "vende tempo''? - disse Alexa, mãe de Alex.
 - Eu tenho uma longa história para contar...Vocês tem pressa?
 - Temos um pouco de pressa.
 - Bom, assim começa a minha história!
''Eu sempre reparei, desde criança, como as pessoas não tinham tempo para nada. Meu tio vivia dizendo: Nossa vida, como o tempo passa. Não da tempo de fazer nada!
 Eu crescia com a mesma reclamação na boca de todo mundo, então comecei a pensar o porque das tantas reclamações. Na primeira semana após a minha entrada no 5º ano, comecei a entender do que todos reclamavam, eu chegava da escola a tarde, tomava um banho, fazia meus deveres e quando ia olhar o relógio: já era hora de dormir, nem brincar mais eu não podia por causa da falta de tempo!
 Então decidi pesquisar no dicionário o que era tempo e ele dizia apenas: uma época, um período. Clima meteorológico, vento, ar.
 Não me adiantou nada, então fui perguntar aos meus pais e eles disseram: Ah, tempo é tempo ué!
 Também não era isso que eu queria, eu queria uma explicação mais lógica. Passaram-se alguns anos e esqueci da minha pergunta. Mas um certo dia, ( no dia que eu ia fazer o vestibular ) eu lembrei daquela pergunta que me intrigava tanto. Eu cheguei na universidade e perguntei ao instrutor o que era tempo. Vocês podem achar que ele me deu uma bronca, ( até eu achei que ia levar uma ) mas em vez disso eu ouvi uma resposta mais explicativa, vamos dizer assim. Ele  me disse algo + ou - assim:
 - O tempo, por exemplo, está dentro dos relógios, dos livros e dos verbos. Ele pode significar poeira e antiguidade ou tecnologia e futuro. Ele também pode significar pressa ou tranquilidade.
 Isso me fez refletir e me trouxe, por alguns minutos, lembranças da minha infância.
 Fiz o vestibular e passei em 3º lugar. Fiquei muito contente e então repensei no que eu ia me formar. Desde a minha infância, eu estava entre médico e advogado, mas hoje, lembrei  da resposta do meu instrutor e cheguei a conclusão que queria ser cientista. Meus pais concordaram e fui fazer a faculdade.
 Me formei e perguntei-me : aonde eu ia trabalhar? Pensei no tempo. O que eu podia fazer para que as pessoas tivessem mais tempo para fazerem o que gostavam?
 Agora já tinha a ideia, pensei no projeto e fui a invenção do meu produto.
 Meu projeto saiu do papel  e foi para o comércio. Mas os patrocinadores faziam piadas do meu produto. Resolvi então, vir para este parque apresentar-lo aos visitantes.
 Vocês são os primeiros que vem para saber da minha história e não julgam o produto antes de conhecê-lo e me conhecer"
 - Vou dar quantos saquinhos de tempo vocês quiserem. Quantos vão querer?
 - Acho que podemos levar uns três sacos - disse o Alexandre, pai de Alex.
 - Tempório, quem são os seus pais? - perguntou Alex.
 - São aqueles ali - disse Tempório apontando para vendedores de uma barraquinha cujo título era:
 OS VENDEDORES DE FELICIDADE !!!!




segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

AQUELA MENINA...

'' Aquela menina sentava na última carteira da fileira da parede.
 Ficava sempre, escondida pelas cortinas, em silêncio e quando não estava resolvendo exercícios, estava lendo um livro, com, (suponho) umas quinhentas páginas.
 Todo dia, ao término da aula, ela saía com sua bolsa sem olhar para os lados.
 Mas um detalhe, que não podemos deixar de fora: ela era nova na escola.
 Hoje começava a segunda semana em que ela estava por ali e nós precisavamos fazer o trabalho da escola em duplas. Eu queria ficar com a Laura, mas a professora  me escolheu para fazer dupla com quem? Com aquela menina que até agora eu não sabia o nome.
 Eu vi que ela não estava com disposição de trazer a carteira dela junto a minha, então eu mesma fui até lá.
 Tentei pensar pelo lado bom de fazer amizades, mas eu já tinha uma amigona, que era a Laura, e não precisava de mais amigas. Mas como não tinha opção, comecei do início:
 - Oi, qual é o seu nome?
 - Vanessa - disse ela friamente e torcendo para que eu parasse com as perguntas.
 - Observei que você é meio quieta, está tudo bem?
 - Vamos fazer o trabalho ou não? - falou ela tentando acabar com a conversa e pensando que eu iria me intimidar.
 - Sim, só queria saber se você estava bem.
 Faziamos o trabalho e, enquanto terminavamos, percebi que ela era muito rápida para escrever e produzir textos. Após o término da tarefa, achei que ela ia pegar seu livro e apenas ler, mas ao invés disso ela pegou um bloquinho de anotações, escreveu algo em uma folhinha e colou na minha carteira. Eu li e estava escrito:


QUAL É O SEU NOME?

 Eu olhei para ela, mas já tinha pegado seu livro, que tinha como capa:

                                           UM CORAÇÃO DE PRINCESA
 Respondi na mesma folhinha:


ANA. SOBRE O QUE FALA O LIVRO?

 Colei na mesa dela novamente e fui para o meu lugar.
  Durante o recreio, ela veio falar comigo:
 - Fala sobre uma princesa que tem o coração duro igual uma pedra, e para não magoar ninguém, ela se isola do mundo. Mas um dia, ela decide procurar uma solução e se abrir para todos.
 Acho que foi a frase mais comprida que ela já tinha falado na escola.
 No dia seguinte, no recreio, Laura e eu andávamos e ela estava me contando como havia sido legal fazer par com Mariana. Eu já estava ficando aborrecida e com ciúme, quando a Vanessa chegou ao meu lado e disse:
 - Quem é ela?
 - Essa é a Laura: Vanessa-Laura, Laura-Vanessa.
 - Oi - respondeu Laura friamente a Vanesa, que falou furiosa:
 - Desculpe se atrapalhei vocês, só queria mesmo conhecer a sua amiga!
 Depois que ela se afastou, perguntei para Laura:
 - Por que você foi tão grossa com a menina?
 - Eu não fui grossa, e apropósito, quem foi o seu par ontem?
 - Foi a nova menina que não se sente confortável aqui e tenta fazer amizades com pessoas que não merecem a sua confiança!
 - Já que tem tanto dó, vai andar com ela e ser dupla dela daqui por diante!
 - Acha que eu  precisava da sua permissão? - e saí atrás de Vanessa.
 Eu não precisei correr muito, pois ''aquela menina'' estava muito próxima de nós e agradeceu milhares de vezes de como eu a defendi. Nisso, acabou o recreio e nós entramos para a sala.
 No outro dia, Vanessa andou comigo no recreio e começou a me contar sobre a sua vida, mas de repente, ela parou e me perguntou:
 - Vai viajar amanhã?
 - Não, por que?
 - Eu queria te convidar para brincar comigo.
 - Podemos ver com a minha mãe.
 - Legal, me passa o telefone dela.
 - Tá, é 1235-3312, agora me passa o da sua.
 - É 8763 -1035 , então, hoje a noite nós te ligamos.
Fomos para a sala e quando eu saí da escola ela me disse:
 - É assenav o código.
 - O que?
 - Assenav.
 A noite, recebemos uma ligação que dizia:
 - Alô, qual é o código?
 - Que código?
 - A Vanessa valou para a Ana.
 - Só um minutinho.
Minha mãe perguntou para mim qual era e eu disse:
 - É assenav?
 - Isso mesmo, nós gostariamos de convidar a sua filha e vocês para almoçarem aqui amanhã.
 - Legal, qual é o endereço?
 - R. Barão do Rio Rosa, BAIRRO Centro, nº 1113.
 - OK. Até amanhã.
No outro dia, meus pais e eu chegamos na casa de Vanessa as dez e meia da manhã, e apenas dei um oi a família dela e já fomos para o quarto. Seu quarto, digno de uma princesa, possuía muitos livros e medalhas com o seu nome e a que mais me chamou atenção estava escrito:
                   
                     MEDALHA DE MÉRITO ACADÊMICO:
  LEU DOIS LIVROS DE 150 PÁGINAS EM MENOS DE                                                    QUATRO HORAS!
Vanessa Aipse.

 - Esta medalha eu ganhei ano passado na minha antiga escola - disse Vanessa vendo o meu interesse nela.
 - Muito bonita, mas algo que me interessou... O que significa a palavra após o seu nome?
 - É uma longa história, mas você tem que prometer que não contará para mais ninguém além dos seus pais, beleza?
 - Que é isso, para que tanto suspense assim?
 - Promete ou não?
 - Tá bom, prometo.
 - Então vou contar...
 Nesse momento os pais de Vanessa nos chamaram para almoçar.
 Eu vou ser sincera com vocês, comi correndo para poder saber o tal segredo, mas parecia que Vanessa não parava de comer! Vi no relógio que depois que eu terminei, ela levou apenas cinco minutos para finalizar o seu almoço.
 Eram 13:43 quando a garota dos ''mistérios'' começou a contar o segredo:
'' Minha família é de um país quase desconhecido pelo mundo.Ele é muito calmo e não tem nem 5% de criminalidade, (segundo uma pesquisa feita ano passado,) uma pessoa a cada cinco milhões é criminosa.
 Lá, as escolas não ensinam matérias, como português e matemática, e sim a como as crianças previnirem a criminalidade, alertando como preservarem a segurança do país e do mundo. Desde que nascemos recebemos um nome ou sobrenome secreto, por exemplo o Aipse, lendo ao contrário fica Espia, só não tem acento pois ficaria muito na cara que é espiã.
 Nós viemos para cá pois soubemos que esse país estava no vermelho em relação a segurança.
 Estamos a procura de um quarteto que anda, digamos, poluindo todo o mundo, com criminalidade e medo ''
 Eu, como vocês já devem adivinhar, fiquei de boca aberta com a história.
 Não tive como evitar um pensamento alto:
 - Então você não fala com as pessoas com medo de que elas descubram que são espiões...
 - Isso!
 Eu gostaria de tirar todas as minhas dúvidas com a Vanessa sobre aquilo, mas ela me convidou para brincarmos lá fora.
 Segunda-feira eu observei que, depois do recreio, a professora havia chamado Vanessa e Laura para conversarem fora da sala, o que na verdade eu achei aquilo uma coincidência e tanto, pois hoje, durante o recreio, eu saí da escola para ir ao médico, que por sinal falou que eu estava com uma enxaqueca.
 Elas retornaram e Vanessa estava com os olhos cheios de lágrimas. Quando me levantei da cadeira para investigar o que estava acontecendo, tive uma tontura e voltei a sentar.
 Na hora de sair, escrevi para Vanessa em um bloquinho:
   Me ligue!
 As  18:00 recebi a ligação dela.
 - Alô
 - Oi, Vanessa
 - Oi, queria falar comigo?
 - Sim, na verdade saber o que aconteceu durante o recreio.
 - Então, eu estava andando e a Laura me enpurrou e começou a puxar meu colar que arrebentou e deixou o meu pescoço vermelhinho. Mas não doeu, só na hora que deixou marcado. Mudando de assunto, você sabe quem são os pais da Laura?
 - Sim.
 - Quem são?
 - São: Alberto Albuquerque e Roberta Rossana.
 -
 - Vane?
 - Desculpe fui pegar uma folha, pode repetir os nomes?
 - Alberto Albuquerque e Roberta Rossana.
 - Obrigada. E eu observei que você saiu no recreio, escutei a professora falando que ia ao médico.
 - Sim, eu estou com enxaqueca e hoje tive uma tontura, até esqueci de contar para minha mãe.
 - Ann?
 - Desculpe, só pensei alto.
 - Na verdade, baixo.
 - É, HAHAHA
 - Hehe.
 - Tchau
 - Até amanhã.
 As 22:00 lembrei de contar para a minha mãe sobre a tontura que eu tive durante a tarde, na escola.
 Ela rapidamente ligou para o médico que cuidava de mim e avisou sobre o acontecimento. Ele indicou um remédio chamado: ENXATURA.
 No dia seguinte madruguei, pois estava com náusea. Fiquei andando para ver se o mau estar passava, meus pais levantaram pois perceberam que eu já tinha acordado.
 Eles ligaram para o doutor que veio até a minha casa e deu uma dose um pouco mais forte do ENXATURA. Ele também indicou que eu ficasse em observação por hoje.
 Meus pais aceitaram e não foram para o trabalho para cuidarem melhor de mim.
 A manhã foi chata naquela maca dura.
 Para o almoço, recebi alguns agradinhos comestíveis da Cecília e do Arthur ( meus queridos pais).
 Eram 16 horas 44 minutos e 01 segundo quando eu voltei a ter tontura e dor de cabeça forte.
 Um minuto depois, chegaram médicos que logo pegaram o termômetro e observaram que eu estava com febre.
 As 17 horas, depois de muito suor e sonequinhas intercaladas com beijinhos, chegou a Vanessa que já tinha saído da escola par ame dar um apoio literário.
 Ela me deu três de seus livros, eram eles:
 - O Sumiço do Vaso Quebrado
 - A Amizade de Verdade
 - Um Coração de Princesa 2
 Eu estava muito curiosa para ler Um Coração de Princesa 2, que tinha como capa:
             
                                                      UM CORAÇÃO DE PRINCESA 2
 Apenas esperei a Vanessa sair da sala de observação, e abri o livro que eu estava morrendo de curiosidade para ler.
 Na primeira folha, após a capa, caiu uma papelzinho que dizia assim:

                                ACHAMOS 2 INTEGRANTES DO QUARTETO.
                                                  ASS. Vanessa Aipse
 Obs: Você, a Cecília e o Arthur, estão convidados para vir Sábado (amanhã) a noite jantar conosco,  conto detalhes sobre as primeiras palavras do bilhete lá.
                                                                                                               Bjs.
 Eram 21:30, pontualmente, quando o doutor permitiu que eu voltasse para casa e saísse da sala de observação.
 Cheguei em casa e avisei o papai e a mamãe sobre a janta de Sábado, eles resolveram ligar para a casa da Vanessa para confirmar que iríamos.
    Enquanto isso, na casa dos Aipse...
 - Calma filha, eles falaram que ligariam da base de controle as 22 horas em ponto, e agora são vinte e uma e cinquenta e oito.
 - Eu sei pai, mas eu estou ansiosa para saber qual será a próxima instrução do que fazermos com o grupo, por exemplo se conseguirmos achar os outros integrantes.
    Na casa da Ana...
 TUP-TUP-TUP-TUP--TUP-TUP-TUP-TUP!
 - Alô, é o pai da Vanessa?
 -
 - Está dando ocupado, pessoal - disse Arthur para mim e Cecília.
    No mesmo instante, na morada de Vanessa...
 - Alô, são os Aipse?
 - Sim, base, na escuta.
 - A senha?
 - Assenav.
 - Exato! Vocês que ligaram pedindo instruções sobre o que fazer com um grupo?
 - Sim - disse o Wyllyam Aipse, colocando a ligação no viva voz.
 - Então, quantos e quais os suspeitos já encontrados ou identificados.
 - 2 já foram identificados e os nomes são...Ahn - Falou o Aipse pedindo a Vanessa a folha onde estavam escritos os nomes - só um instante por favor.
 - Claro.
 - Eles são um casal, e são chamados de - tentava enrolar o papai enquanto a mamãe procurava o papel, no qual eu tinha escrito os suspeitos do caso e entregado a ela - de...
 - Algum problema com vocês, Aipse?
 - Nenhum -  falou Vane se intrometendo na conversa e falando os nomes, pois havia decorado quando Ana falou para ela no telefone - Ele é o Alberto Albuquerque e ela a Roberta Rossana.
 - Pode repetir, por favor?
 - Sim, Alberto Albuquerque e Roberta Rossana.
 - Obrigado, vocês sabem o endereço dos suspeitos?
 - Ainda não, mas garatimos, é fácil descobrir. - disse Vanessa entregando o telefone para a mãe.
 - Os outros criminosos, podemos encontrar por via do nosso sistema. Ele se infiltra nos meios de comunicação usados pelos suspeitos já identificados e procura todos os contatos e vê o histórico de pesquisas feitas pelos usuários e assim chega-se até o resultado da pergunta: Quem são os criminosos?
 - Ótimo, e para infiltrar o sistema é necessário o que exatamente?
 - Apenas o E-mail dos 2 identificados.
 - Ok.
 - Qualquer dúvida, entrem em contato comigo pelo Whatsapp, beleza?
 - Whatsapp? - perguntaram todos os Aipse's
 - Sim, é uma conta que em algumas pessoas de vários países usam para se comunicare rápidamente.
 - Mas qualquer coisa ligamos, acho ser mais simples...
 - Decidam aí, Tchau
 - Tchau
 - Qual é a senha?
 - Assenav
 - Só quis confirmar, hehe.
 - Beleza, até.
    Na moradia de Ana...
 - Vamos tentar ligar a última vez pai - eu falei
 - Combinado, a última!
 TUP-TUP-TUP-TUP--TUP-TUP-TUP-TUP!
 - Alô?
 - Casa do Wyllyam, pois não?
 - Sim, é da casa do Arthur, só ligamos para confirmar o convite da janta amanhã.
 - Que bom que aceitaram.
 - Então, já que nos veremos a noite, a Ana sugeriu que a Vanessa viesse para cá de manhã, para elas poderem aproveitar melhor o dia.
 - Só um instante.
 - Ok.
 -
 -
 - A Vane disse que as nove da manhã estará aí para elas brincarem.
 - Beleza, obrigado, Até.
 Eu fiquei muito animada, pois poderia saber antes do combinado o que mais eles conseguiram descobrir.
 No outro dia, as 9:10...
 - Sobre o bilhete Vanessa, não vai conversar sobre quem são e como descobriram os '' 2 '' ?
 - Vou, estava apenas esperando você tocar no assunto, pois estou precisando de ajuda.
 - Fala logo!
 - Então, os suspeitos são os pais da Laura.
 - Como? Laura? Aquela Laura? A Laura Rossana Albuquerque?
 - Isso, mas encurtando as explicações, nós precisamos saber quem são os comparsas deles.
 - E como vai ser isso?
 - O chefe da base espiã falou que ele tem um programa que vai descobrir quem são por meio de informações sigilosas dos aparelhos de comunicação deles.
 - Até aí parece simples, mas qual é o '' abacaxi'' da história?
 - Nós precisamos de ajuda para descobrir, primeiramente o E-mail e futuramente o endereço.
 - Se esse é o abacaxi, considere-o descascado!
 - Você tem as informações?
 - Claro, só que antes tenho que consultar os meus pais para ver se eles me dão a permissão de passar os dados.
 - Mas, sem pressão... Vai demorar?
 - Se demorar, 10 minutos será um exagero! - Falei e fui contar a história toda aos meus pais.
  Oito minutos depois, com a história contada, recontada, explicada e desenrolada...
 - Voltei Vane!
 - Que bom, e eles permitiram?
 - Sim, e ainda se propuseram a ajudar no que for necessário. Apenas demoraram entender que a história era real.
 - Que ótimo! Passe então.
 - O dele é: albertoc5r4i3m2e1@hahoo.som.bt
    o dela é: robertac1r2i3m4e5@hahoo.som.bt
 - Beleza, obrigada, tem o endereço?
 - Sim, Rua Jardim das Rosas 1551 - Bairro Margarida.
 - Ok, sorte que sempre tenho meu caderno de anotações com sete cadeados comigo.
 - Quer os telefones também?
 - Não precisamos agora, mas... melhor sobrar do que faltar!
 - O do Alberto é 3321-4432 e o da mulher é 5543-6654.
 - Obrigada Ana, você é uma amiga perfeita.
 - Por nada, mas mudando de assunto, obrigada pelos livros daquele dia.
 - Imagina. Quando chegarem lá em casa vou mostrar a coleção de  livros que eu tenho.
 - Estou ansiosa para vê-la.
 Brincamos por mais alguns minutos e então a mamãe, ou melhor, Cecília, nos chamou para almoçar.
 O almoço estava uma delícia, tinha alface, brócolis, cenoura, arroz, feijão, sushi, farofa, maionese e carne de frango frita com gengibre.
 De sobremesa, tinha brigadeiro de panela, mousse de maracujá e espetinhos de fruta.
 Depois da nossa refeição, Cecília, boleira de mão cheia, disse que ia fazer um bolo de chocolate. Ía ser um bolo com uma camada de uma massa bem molhadinha outra com um ganache de chocolate branco, outra camada de massa, outra de ganache de brigadeiro de panela ( que ela tinha feito de sobremesa, mas sobrou ), outra de massa, outra com ganache de chocolate branco, outra de massa e, enfim, cobertura de chocolate derretido com bolachas recheadas para enfeitar. Observei que a Vane ficou babando para provar aquele bolo, sinceramente, eu também fiquei.
 Fomos para o meu quarto continuar conversando e brincando as 14:13, depois de termos ajudado a mamãe a fazer a massa do bolo.
 Estava sentada na cama enquanto Vanessa mexia nos meus livros, até que ela perguntou:
 - Posso ver seu diário? Eu deixo você ver o meu caderno de anotações!
 - Pode ler! Mas posso espiar o seu caderno?
 - Sim, pega. - Disse, aquela menina, me entregando o caderno.
 Eu comecei a olhar, na primeira página estava escrito:
   Primeiro dia de aula na minha nova e provisória escola!
 E na segunda, que estava contente pois estava conseguindo fazer amizades, na terceira ficou triste e assim por diante.
 Vanessa começou a olhar o meu diário e viu que eu era muito amiga da Laura, e vi que ela estava quase chorando de culpa quando eu pensei em mostrar a ela o quintal onde estava montada a piscina com um mini escorregador e o Jardim dos meus pais e falei:
 - Tive uma ideia Vane! Não quer ver o jardim e o quintal lá atrás da casa?
 - Pode ser - disse ela melhorando em 100% o seu humor.
 Chegando lá, até eu levei um susto de como o escorregador mudou.
 O Arthur logo chegou e disse que era um presente fora de época para mim e sugeriu que eu e a Vanessa estreassemos o tobo-água. Nós corremos para dentro para nos vestirmos. Eu emprestei um dos meus maiôs, nos vestimos, passamos protetor solar e fomos para a piscina.
 Saímos apenas as 18:00 horas, pois estava escurecendo. Nos vestimos e fomos para a casa dos Aipse.
 Como o combinado, chegamos lá e eu logo fui com a Vane para o quarto dela e começei a investigar a coleção de livros . Vi também uma lista que estava assim:
- O livro dos Sonhos de todas as Espiãs
- Um coração de Princesa
- Um coração de Princesa 2
- Bolsa Amarela
- A menina que roubava Livros
- Um coração de Princesa 3
 Ela viu minha curiosidade e respondeu que era uma lista de todos os livros que ela queria adquirir.
 Sempre que ganhava algum deles, riscava da lista. Agora para ficar satisfeita, só faltava a 3º volume da coleção que ela mais gostava.
 Jantamos uma comida deliciosa feita pelas nossas mães e uma carne assada feita pelo Arthur e pelo Wyllyam. Durante a janta, a Vanessa repassou as informaçãoes que falei para ela, aos seus pais, que anotaram e fizeram várias cópias de segurança.
 A mamãe estava fazendo o maior suspense com aquele bolo e ele ficou lindo. Antes de comermos, tiramos essa foto:

 Comemos metade do bolo, pois estava delicioso. Após isso, voltamos para o quarto e eu perguntei quando seria o aniversário dela. Ela me respondeu:
 - Vai ser semana que vem, Quarta-feira, precisamente.
 - Que bom, tem alguma coisa em vista para ser de presente?
 - Imagina! Eu não quero nada, apenas a presença de você e sua família na minha festa de aniversário, que será no Sábado.
 - Se não contar, eu vou descobrir! Olha, olha! - eu disse sorrindo para ela.
 - Hehehehe.
 - Haha!
 - Filha! Vamos embora! Vamos deixar os Aipse's ligarem para os chefes e contarem os dados dos suspeitos. - disse o papai, da porta do quarto.
 - Tá bom! Estou indo.
 Voltei para casa com o papai e a mamãe, coloquei meu pijama. Peguei um lápis e comecei a pensar sobre o que dar para a Vanessa de aniversário. O problema, é que eu não sou rica, nem posso fazer algo espetacular. Mas eu tinha certeza que algo criativo, eu poderia achar...












 No dia seguinte, eu levantei, liguei o computador da mamãe e comecei a pesquisar sobre o livro da lista mais almejado e ainda não conquistado pela Aipse. Adivinha? Ia ser lançado, nas livrarias da cidade, Terça-feira. E agora?
 Enquanto eu planejava o que fazer, minha mãe chegou e perguntou:
 - O que está pesquisando, filha?
 - Sobre um livro que quero dar de presente para a minha melhor amiga.
 - Ele já foi lançado?
 - Não exatamente. Ele vai ser lançado um dia antes do aniversário da Vane.
 - É a Aipse?  Daí a coisa muda de figura. Eles são uns amores conosco, faria quase tudo para satisfazê-los.
 - Alguma solução?
 - Duas opções: ou eu compro um pacote pronto para agilizar, ou, eu falo com a minha amiga, que acasualmente, é a autora do livro e peço para ela, além de vender um exemplar, ela ainda poderia autografá-lo.
 - Eu amei a 2ª opção! Poderia pedir a ela, então?
 - Sim. Agora, vamos toma café?
 - Claro, estou morrendo de fome!
 Passei o dia mais tranquila, e só agora que fui lembrar, que, melhorei depois do dia em que fiquei em observação.
 Segunda-feira fui a escola e resolvi planejar com a turma uma mini festinha para comemorar o 11º aniversário da Vanessa. Falamos que cada um ia trazer o que combinamos na sala, só que secretamente, sem a aniversariante saber.
 De noite, recebi uma ligação da família Aipse e conversamos o seguinte:
 - Oi, qual é a senha?
 - Assenav, o que desejam?
 - Então, só ligamos para informar que o sistema já entrou na cena.
 - Que bom! Já desconfiam de alguém?
 - Na verdade sim. Você conhece Roberto Albuquerque e Humberta Rossana?
 - Conheço de nome, acham que são os ''outros''?
 - É muito provável, mas queria confirmar. Eles não são os tios, por parte de pai da Laura?
 - Já ouvi ela falando deles uma vez, na verdade ela contou que em uma reunião que eles fizeram no Bairro Samarita, eles tiveram que sair correndo pois tinham umas viaturas seguindo os seus rastros e...
 - Como foi? Perseguidos? Pela polícia? Consideiraria o primeiro passo já pisado.
 - É verdade! Qual será o próximo passo?
 - Não tenho certeza, mas acho será mais difícil que o 1º.
 - Sei que vocês conseguirão, qualquer apoio que precisarem, é só falar. Até amanhã.
 - Até!
 Na vespera de aniversário da minha colega, fui a escola e percebi que alguns alunos tinham trazido guardanapos, copos e pratos dentro das mochilas. Durante o recreio eles colocaram rapidamente os artigos de festa dentro do armário.
 A noite, eu perguntei a mamãe se ela tinha avançado na missão de conseguir o livro para a aniversariante. Ela me entregou o livro autografádo e disse que conseguiu ganha-lo e ainda foi comprometida numa promessa em que elas seriam as primeiras a lerem a 4º volume daquela coleção.
 Consegui dormir muito bem aquela noite.
 No dia seguinte, acordei e, antes até de tomar café, liguei para a casa dos Aipse's e já comecei a conversa cantando parabéns a Vane. Ela agradeceu muito e falou que já era confirmado que os criminosos eram os tios e os pais da Laura. Disse também, que agora teriam que capturá-los e colocá-los na cadeia de segurança máxima ''daquele país'', para que o mundo fique mais pacato e protegido. Eu disse que entendi, me despedi e desliguei.
 Na escola, na hora do recreio, a professora falou a Vanessa para ela ir no pátio que os outros tinham tarefas atrasadas para fazer. A turma ajeitou as mesas, colocou balões e organizou as comidas e bebidas. Eu fui chamar a aniversariante para a festa. Viemos e ela levou um susto no momento em que chegou e viu a sala toda enfeitada para ela. Fizemos a festinha, cantamos e voltamos a estudar, mas uma hora antes da saída normal, ligaram do telefone da mãe de Vane e pediram para ela sair mais cedo, eles estariam esperando por ela em cinco minutos.
       No carro da família Aipse...
 - Filha, achamos onde estão os criminosos nesse momento. Temos que aproveitar a oportunidade e pegar todos de uma vez em uma reunião secreta, e achamos que deveria participar, pois agora já tem a idade para fazer várias coisas que uma espiã adulta faz - a mamãe falou toda feliz e um pouco apressada enquanto o Arthur acelerava para chegarmos logo no lugar da reunião.
 - Que legal mãe, mas como vamos fazer isso. Chegamos lá e pronto, rendemos eles?
 - Vamos fazer assim...
       Chegando lá...
 - Olá, gostariamos de uma informação. - disse o Wyllyam como quem não quer nada.
 - Manda aí, cara! - Disse Alberto Albuquerque de resposta a Wyllyam.
 - Gostariamos de saber se poderiam nos ajudar. Eu e a minha família queremos tomar um café na melhor cafeteria da cidade e queriamos saber qual é. Como gratidão levaríamos todos para servirem de companhia. Podem ajudar?
 - Só um instante - disse a mãe de Laura
 Cochichos depois...
 - Sim. Vocês são de onde mesmo? - disseram os quatro.
 - De... -falou o pai de Vane tentando enrolar.
 - De Romalã, uma cidade do interior, perto daqui.- respondeu Vane, ajudando o pai.
 - Nunca ouvi falar.
 - É uma cidade bem pequena. Vamos então? - perguntou a mãe de Vanessa, ligando a gravadora, a filmadora e ajustando as algemas discretamente e rapidamente. Foram movimentos super ágeis.
 - Sim.
 Entramos no carro, Cecília deu as algemas a filha e falou entre cochichos:
 - Devagar, se perguntarem, fale que são apenas pulseiras e que são tradição de família.
 A aniversariante estava com o coração batendo muito rápido, mas sabia que essa oportunidade ela não teria de novo. Começaram a agir.
 Wyllyam Aipse ligou a chave na ignição e perguntou qual era a melhor. Como o carro era de 7 lugares, dois na frente e cinco atrás, Vanessa foi junto com os futuros presos para consegui executar o plano.
 Enquanto a mãe e o pai da aniversariante enrolavam os bandidos no papo, Vane colocava as algemas nos prisioneiros. Quando ela estava quase terminando de cadear o último, ou melhor a última, a prisioneira percebeu que estavam fazendo algo com ela. Mas o pai da Vanessa já tinha tudo planejado se algo desse errado. Ele apertou um botão do sistema de segurança máxima das algemas, que trancaram-se sozinhas e injetaram anestesia de aproximadamente meia hora neles.
 Eles fizeram uma ligação com video para os chefes,  que falaram que já estavam enviando um avião do país dos Aipse's para buscar os espertinhos.
 Rapidamente chegou o avião que era feito de um material muito reforçado para suportar tiros e até mesmo alguns tipos de dinamite. Os Aipse's ficaram muito contentes com a missão cumprida. E assim tudo se resolveu. Não podemos falar que não tiveram mais assaltos e crime naquele mês, mas eles fizeram o que puderam para diminuir esses acontecimentos.''




Resumo: Os Aipse's baixaram o Whatsapp; Eu fiz as pazes com a Laura, que agora está morando com os avós; os criminosos ficaram reclamando que foram algemados por um criança; os Aipse's compraram um carro com dez lugares; A espiã aprendiz fez a festa, eu entreguei o livro tão desejado, (que ela amou) e, por influência da filha do Arthur e da Cecília, ficaram no país em que Vane completou a sua primeira missão e sugeriram aos chefes que enviassem espiões para morarem em diferentes países para que quando ouvessem criminosos lá, eles já estivessem por perto.
  

Obs: fotos tiradas da internet!